A medição da Variabilidade da Frequência Cardíaca, sendo uma técnica utilizada frequentemente em medicina, é utilizado em imensas investigações como um marcador fisiológico que permite inferir sobre a forma como experienciamos e regulamos as nossas emoções.
Neste tipo de registo podem ser usados vários tipos de aparelhos, dos quais destacamos 2:
– ECG (Eletrocardiograma) – cujos sensores medem o biopotencial gerado por sinais elétricos que controlam a expansão e contração dos ventrículos cardíacos;
– PPG (fotopletismografia) – cujos sensores usam uma tecnologia baseada em emissão de luz que deteta a taxa de fluxo sanguíneo, que por sua vez é controlado pelo bombear do coração, permitindo inferir sobre a frequência cardíaca.
A variabilidade da frequência cardíaca é melhor interpretada pelos ECG, recolhendo os intervalos R-Peak (picos), que pode ser detetada com uma precisão de milissegundos, sendo ideal para medições a curto prazo. Já os sensores de tipo PPG, pode ser correlacionada a variabilidade de frequência de pulso que se correlaciona com a Variabilidade da Frequência Cardíaca (HRV) mas em períodos mais longos (superiores a 5 minutos), mas não tanto em medições de curto prazo, sendo um dado por estimativa.
A nossa frequência cardíaca (HR – Heart Rate), reflete o número de batimentos cardíacos por minuto (que em média normativa está entre os 60 e os 90 bpm). Quando se ativa o sistema simpático, a frequência cardíaca sobe, e por isso, diferente de medir os batimentos por minuto, a variabilidade da frequência cardíaca (HRV), mede o número de segundos entre os batimentos que existem.
Assim, medir a atividade cardíaca, quando aplicada ao consumo permite inferir sobre:
- Resposta emocional – Aferir a variabilidade da frequência cardíaca (HRV) mediada por um estímulo específico, pode aferir a excitabilidade do organismo gerada por esse estímulo;
- Resposta e reconhecimento de estímulos sociais – outro dos dados interessantes, é que a variabilidade da frequência cardíaca (HRV), pois estudos recentes sugerem que o aumento da HRV pode ser um novo marcador que permite reconhecer reação do organismo às emoções de outros humanos;
- Tentativa de controlo emocional – Outro dado que a medição da HRV permite inferir, é a percepção da tentativa de autocontrolo na resposta emocional, que relacionado com outros dados, como as microexpressões, permite inferir sobre a tentativa de esconder uma emoção ou preferência;
- Entre outros, não menos importantes.