Benefícios do Neuromarketing

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Benefícios do Neuromarketing

Benefícios do Neuromarketing 409 262 Julien Diogo

A utilização do “neuromarketing” é uma crescente tendência mundial, essencialmente em prol da validação de dados extraidos através das várias ferramentas utilizadas.

Permitem por sua vez articular custos/benefícios de forma clara (Ariely & Gregory, 2010), sendo que o seu objetivo máximo é a aquisição de informações de caracter mais objetivo acerca dos processos internos do cérebro dos consumidores (Dapkevičius & Melnikas, 2009).

Damásio consegue numa afirmação reforçar toda a importância que a Neurociência Aplicada ao Consumo tem para a sociedade
“É uma emoção que nos faz sentir se determinada decisão é boa ou não”.

Brain power

Atualmente, e considerando Dooley (2011), o Neuromarketing é referenciado como “a aplicação da neurociência no marketing, sendo que engloba a análise cerebral, através de várias tecnologias de medição da atividade cerebral, passíveis de identificarem a resposta cerebral a produtos, embalagens, publicidades ou outros elementos de marketing”.

Esta mesma definição é assim consolidada por Lee, Broderick, & Chamberlain (2007) que defendem um conceito mais amplo de neuromarketing, podendo o mesmo ser definido como “ a aplicação de métodos neurocientíficos para análise e compreensão do comportamento humano face às relações entre o mercado e o marketing”.

A sua utilização é complexa e igualmente ampla em termos de domínios e setores, desde do design de packaging, passando pela arquitectura de cidades e espaços, tomada de decisões ou ainda o próprio preço, promoção e publicidade (Ariely & Gregory, 2010), sendo desta forma indispensável para qualquer marca em qualquer dimensão económica.

Um dos pontos fortes do neuromarketing recai sobre a mescla de equipamentos (EEG, ECG, EMR, fMRI, EMG, Eye Tracking, SCL, PET, P300, temperatura, entre outros dados neurofisiológicos necessários a cada projeto e objetivo), que se devem utilizar, quer para uma recolha válida, análise científica e consequentes reflexões passíveis de serem consideradas como uma mais-valia para a empresa.

Alguns equipamentos usados em Neuromarketing

Esta mescla, visa potencializar a relação emocional (prazer, segurança, felicidade, atenção e memória) entre marcas e consumidores, para tal desenhou-se o Dopaminecision Model ICN Agency® (www.icnagency.com), uma metodologia de análise (psicofisiologia, oculometria, neurofisiologia com equipamentos como fMRI, EEG, SCL, fEMG, Eyetracking, ECG, entre outros) aliada a domínios como a psicologia, sociologia, antropologia, economia, gestão, marketing ou ainda comunicação.

A metodologia baseia-se em, investigação científica e laboratorial, estudos de psicologia experimental, sociologia, antropologia, economia, gestão, marketing e comunicação, que interliga no processo de análise e desenvolvimento através da participação de técnicos qualificados nestas áreas, obtendo elevado grau de rigor e validade dos dados.

Mas, sabia que pode aplicar as mais recentes descobertas da neurociência no seu negócio de forma a potencializar o envolvimento, comunicação e vendas?

Vamos lhe dar desde já uma dica “95% das decisões de compra são inconscientes”, sendo que o preço apenas é importante em 9% das decisões de compra, percebemos assim que a emoção é a chave para o sucesso.

Através da aplicação dos insights obtidos em investigações internacionais é assim possível indicar desde já, cinco dicas para o seu negócio consolidar o sucesso:

  • Dica 1 – Optimizar o seu website facilitando a apreensão de conteúdos e promovendo o engagement pela via do NeuroWebDesign, pensando formas, cores, posições, conteúdos e até tipos de letra;
  • Dica 2 – Criar um packaging para os seus produtos que, de facto, seja atrativo ao público, através das técnicas de NeuroPackaging, como por exemplo o Simbolismo Metafórico ou ainda o Padrão de Reconhecimento Implícito;
  • Dica 3 – Desenhar espaços multisensoriais com os quais as pessoas criem uma ligação emocional, pela via da NeuroArquitetura, tendo em consideração sistemas sensoriais como a termocepção ou a proprioceção;
  • Dica 4 – Criar ações de marketing e comunicação efetivas com altos níveis de envolvimento emocional, através de técnicas de NeuroComunicação, como o desenho de Stories ou ainda a utilização de semiótica assente na Economia Comportamental;
  • Dica 5 – Esse mesmo conhecimento, análise e reflexão poderá ser desenhado para a criação de um novo produto, produto esse do setor agro alimentar por exemplo, sendo criado um produto NeuroSensorial, com definição dos elementos bioquímicos, do seu aroma, textura, consistência, cor ou ainda volume.

A aplicação de investigação em Neurociência Aplicada ao Consumo apresenta-se assim como um elemento chave para um mundo cada vez mais rápido, culto e igualmente complexo de compreender, tendo cada consumidor um perfil diferenciado.

Conhecer mais e melhor o consumidor é possível pela via da Neurociência Aplicada ao Consumo, aliando domínios de saber e outras práticas de estudos de mercado, criando assim um processo rico em dados e perfis, com uma margem de erro cada vez menor, aumentando os níveis de eficácia da estratégia, marketing e comunicação.

©ICN Agency 2017

Pode ainda encontrar mais no mais recente livro
“Princípios de Neuromarketing: Neurociência Cognitiva Aplicada ao Consumo, Espaços e Design” (Rodrigues et al., 2015) em http://loja.psicosoma.pt/produtos/1367/princpios-de-neuromarketing-neurocincia-cognitiva-aplicada-ao-consumo-espaos-e-design

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Referências bibliográficas ©ICN Agency 2017

  1. Adelman, G. (2010). The neurosciences research program at MIT and the beginning of the modern field of neuroscience. . Journal History of Neuroscience , 15-23.
  2. Damásio, A. (2010). O Livro da Consciência. A construção do cérebro consciente. Lisboa: Temas e Debates.
  3. Dapkevičius, A., & Melnikas, B. (2009). Influence of Price and Quality to Customer Satisfaction:  Neuromarketing Approach. Mokslas – Lietuvos Ateitis , 17-20.
  4. Dooley, R. (2011). Brainfluence: 100 Ways to Persuade and Convince Consumers with Neuromarketing. Nova Iorque: Wiley.
  5. Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect theory: An analysis of decision under risk. Econometrica , 47, 263-291. .
  6. Lee, N., Broderick, A., & Chamberlain, L. (2007). What is “neuromarketing”? A discussion and agenda for future research. International journal of  psychophysiology: official journal of the  International Organization of Psychophysiology , 199-204.

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